Buscando Casa no Jogo

Lembro-me da minha primeira vez no Fowl Fest—10 euros, meia-noite, fones nos ouvidos. A tela brilhava laranja como uma lanterna da Parada do Ano Lunar. Nenhum aplauso surgiu ao meu redor; apenas o sussurro suave dos algoritmos contando jogadas.

Não vim por lucro. Vim porque precisava sentir-me compreendido.

A casa não era real—era ritual.

Neste mundo, ‘casa’ não é onde você vive. É onde você pausa.

Chamam-lhe ‘jogo’. Mas todos sabemos melhor que isso.

Observava uma jogadora mais velha—os dedos tremulavam enquanto ela fazia sua última aposta numa mesa em forma de tambores ancestrais. Ela disse nada. Só sorriu. Depois partiu.

Não perseguimos sequências mais.

O sistema não mente—but também não nos ama.

Agora rastro as minhas perdas—not com planilhas, mas com notas manuscritas num caderno comprado às 3 da manhã, ao lado de uma xícara de café vazia.

Recompensas do Fowl Fest não são bônus—são ecos.

Um novo jogador perguntou-me: ‘Como você fica quando continua perdendo?’

Não respondi logo.

Entreguei-lhe meu caderno em vez—with uma linha: ‘Você não encontra casa vencendo.’ ‘Encontra-a lembrando como foi perder.’

É por isso que jogamos.

Não pela sorte. Mas pela presença.