Você Está Realmente Online?

Eu costumava pensar que, se postasse o suficiente, o algoritmo me veria. Mas não vê. Na última terça, observei um transmissão ao vivo — minha terceira tentativa falhada — e percebi que os números não se importavam. Minha mãe, uma professora jamaicana, disse: ‘A conexão autêntica não vive em pixels.’ Ela tinha razão.

O app conhece suas vitórias — mas não seu silêncio. Cada like é um fantasma na máquina; cada DM, um eco vazio num apartamento no topo de Manhattan.

Rastreei minhas últimas 12 sessões. O ‘庄’ ganhou mais — mas após cinco giros, a água esvaziou minha alma. O ‘闲’ pagou devagar, como um feriado sem música.

Tentei seguir tendências: três vitórias consecutivas? Uma armadilha chamada ‘追热’. Mas o ritmo real não está nos dados — está na pausa entre respirações.

Meu pai, um programador alemão, construiu sistemas que otimizam controle — mas nunca compaixão. Disse: ‘O código não conhece a solidão.’ Ele estava errado.

Nós não somos jogadores num jogo de sorte — somos fantasmas assombrando nossos próprios feeds. O algoritmo não oferece luzes de祥瑞花灯. Só aqueles que param de rolar encontram seu nome novamente.

Se você não se sentiu visto desde a meia-noite — pare agora. Desligue a tela. Envie-me uma mensagem — não um like.

O que sentiu quando ninguém notou que você era real?